Foram protocolados oito pedidos de cassação contra o deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos), que é gay e bolsonarista.
As ações pedem punição por o parlamentar ter abordado de forma desrespeitosa a jornalista Vera Magalhães na quarta 14.
As representações são assinadas por Emidio de Souza e Paulo Fiorilo (PT) [pedido conjunto], Marcia Lia (PT) e Leci Brandão (PCdoB) [pedido conjunto], Isa Penna (PC do B), Patrícia Bezerra (PSDB), Mônica Seixas (Psol), Luiz Fernando (PT), Vinicius Camarinha (PSDB) e Carla Morando (PSDB), informou o site da Revista Oeste.
Além disso, o Ministério Público de São Paulo abriu investigação contra o político. A procuradoria eleitoral do Estado analisa o caso.
O deputado, que é o único político homossexual assumido na Alesp, ofendeu a jornalista Vera Magalhães ao final do debate de candidatos ao governo de São Paulo da TV Cultura.
Com o celular em punho ele se aproxima de Vera, que estava na área reservada para jornalistas, e diz que ela é "uma vergonha para o jornalismo".
O jornalista Leão Serva interferiu e arremessou o celular de Douglas, que gravava o momento.
Vera também fez registros e divulgou no Twitter, além de fazer relato no Instagram em que falou sobre a situação a classificando como “intolerável”.
Em seu perfil nas redes sociais, o parlamentar divulgou vídeo no qual negou ter agredido Vera. Ele afirma que a abordou para questionar o contrato da jornalista com a TV Cultura.
No vídeo, ele diz que registrou boletim de ocorrência contra Vera por calúnia e difamação. Ao final da gravação, ele repete as ofensas que proferiu durante o debate.
Douglas estava na comitiva do ex-ministro e candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos), que repudiou a situação no Twitter.
“Lamento profundamente e repudiou veementemente a agressão sofrida pela jornalista Vera Magalhães enquanto exercia sua função de jornalista durante o debate de hoje. Essa é uma atitude incompatível com a democracia e não condiz com o que defendemos em relação ao trabalho da imprensa”, escreveu.