Ação judicial quer fechar clube LGBT Birosca: 'Festas degradadas'

Prefeitura do Setor de Diversões Sul também acusou local de realizar 'orgias sem dignidade'

Publicado em 13/05/2025
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Peça judicial afirma que frequentadores são 'pessoas sem valores éticos'

Um dos principais locais LGBT do DF, o Birosca corre risco de ser fechado por conta de ação judicial da Prefeitura do Setor de Diversões Sul (Conic), onde ele é localizado. 

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Sob argumento de que há "festas suntuosas e degradadas", "ruídos infernais e devastação moral, corpos praticamente nus" e "contato ostensivo com pessoas do mesmo sexo", como consta na peça legal, a organização processa o Governo Distrito Federal para impedi-lo de dar alvarás aos eventos no local. 

É outro trecho do documento que está na Justiça: “As festas imorais compõem o mesmo desatino, de pessoas sem valores éticos que assustam aos cidadãos honrados que não compartilham com os desastres de festas marcadas pelo abuso e falta de caráter dos que frequentam esses expedientes de festejos reprovados pelos princípios que devem nortear a administração pública."

É pedido também na peça judicial que estrutura montada pelo Birosca em área pública seja derrubada. 

Um dos proprietários do local, o produtor, DJ e ativista Igor Albuquerque qualifica como homofóbicas as alegações da prefeitura e acredita que a ação é motivada por motivos financeiros. 

"O Conic sempre abrigou festas. Porém, antes de o Birosca chegar ao local, esses eventos só eram realizados porque os organizadores pagavam taxas para a prefeitura", disse ao site Metrópoles. 

O empresário afirmou que desde que o estabelecimento foi aberto, há 10 anos, há perseguição da administração da área, mas que, desta vez, houve extrapolação. 

"Mexeu bastante comigo porque houve falas homofóbicas. Ver essa argumentação de forma tão nojenta e preconceituosa me causa revolta. Por isso, agora, pela primeira vez em 10 anos, a gente decidiu falar", continuou. 

A ONG Estruturação – Grupo LGBT+ de Brasília, e o deputado distrital Fábio Félix (PSOL) abriram representações contra a prefeitura no Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT).


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