Marido de Lulu Santos desabafa sobre gays não poderem doar sangue

Clebson Teixeira diz que foi atrás de portaria que proíbe doação a homens que fizeram sexo com outros homens no último ano

Publicado em 03/11/2019
Clebson Teixeira, marido de Lulu Santos, reclama da proibição de gays doarem sangue no Brasil
Teixeira pensou em ajudar amiga, mas não conseguiu

O marido de Lulu Santos, Clebson Teixeira, desabafou em suas redes sociais sobre a proibição de doação de gays 

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No Brasil, em uma entrevista prévia antes da doação são barrados homens que fizeram sexo com outros homens nos últimos 12 meses, independentemente se a relação foi protegida ou com apenas uma pessoa neste período. A mesma política vigora atualmente em países como Estados Unidos, Reino Unido e França.

Teixeira contou que, no começo da semana, uma amiga pediu doação de sangue para a filha, recém-nascida, que nasceu prematuramente. 

"No grupo do trabalho, ela perguntou quem poderia ajudá-la... Logo, me dispus a ser um dos doadores, porém relatei que possivelmente eu não estaria apto a realizar a doação, já que há algum tempo havia escutado uma história de que o 'sistema' possui restrições a doações de homo afetivos", escrevu.

Após questionamento de alguns amigos sobre a proibição, Teixeira contou o que descobriu sobre a proibição. "O que acontece é que, segundo portaria nº 158, de 4 de fevereiro de 2016, homens que tiveram relações sexuais com outros homens e/ou as parceiras sexuais destes em um período de até um ano antes da doação são considerados inaptos a fazer a doação."

"A justificativa é que assim como os usuários de drogas injetáveis, também fazemos parte de um grupo chamado 'grupo de risco', em que homossexuais do sexo 'masculino' estão sujeitos a uma maior exposição ao vírus HIV, e que como existe um intervalo entre algumas infecções e sua possível detecção em exames, pode ser que os testes não consigam identificar o vírus... é como se os heterossexuais estivessem isentos a essa possibilidade."

"Desta forma, gostaria de pedir a todos os amigos heterossexuais que estão lendo essa mensagem até o final, para irem até um hemocentro ajudar quem esteja precisando. Muito obrigado!

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Essa semana descobri que para fazer uma boa ação preciso ficar no mínimo 12 meses sem sexo. ? No início da semana a filha recém-nascida de uma grande amiga precisou de uma transfusão de sangue (ela nasceu prematura). No grupo do trabalho ela perguntou quem poderia ajudá-la... Logo me dispus a ser um dos doadores, porém relatei que possivelmente eu não estaria apto a realizar a doação, já que há algum tempo havia escutado uma história de que o “sistema” possui restrições a doações de homo afetivos. Neste momento causei o maior espanto nas pessoas, pois nenhuma delas sabia desse impedimento, e me perguntaram qual seria o motivo de tal restrição. Após isso fui me inteirar sobre o assunto, fiz algumas pesquisas, li um pouco, perguntei a alguns amigos da área de saúde e finalmente obtive a resposta. O que acontece é que, segundo portaria nº 158, de 4 de fevereiro de 2016, homens que tiveram relações sexuais com outros homens e/ou as parceiras sexuais destes em um período de até um ano antes da doação são considerados inaptos a fazer a doação. A justificativa é que assim como os usuários de drogas injetáveis, também fazemos parte de um grupo chamado “grupo de risco”, em que homossexuais do sexo “masculino” estão sujeitos a uma maior exposição ao vírus HIV, e que como existe um intervalo entre algumas infecções e sua possível detecção em exames, pode ser que os testes não consigam identificar o vírus... é como se os heterossexuais estivessem isentos a essa possibilidade. Desta forma, gostaria de pedir a todos os amigos heterossexuais que estão lendo essa mensagem até o final, para irem até um hemocentro ajudar quem esteja precisando. Muito obrigado!

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