O diretor de The History of Sound (A história do som, em tradução livre) falou sobre como encarou o romance no filme e também as sequências de sexo entre Paul Mescal e Josh O'Connor.
À Variety, Oliver Hermanus contou que quis oferecer ao público uma experiência gay diferente.
"Estamos em 2025 e o público gay quer mais", comentou.
Para o cineasta, estereótipos sobre histórias de amor gay serem trágicos estão ultrapassados.
"Fica na nossa cabeça que nossas vidas podem potencialmente seguir esse caminho, quando nossa sexualidade e estilo de vida trazem consigo um perigo ou tristeza", disse ele.
Sobre o sexo, ele brincou: "Há momentos". E emendou dizendo que não queria que essas cenas fossem cruciais para a história ou sinalizassem uma mudança de rumo no relacionamento.
"Eles ficam juntos desde o primeiro dia em que se conhecem. O que eu adoro são os momentos que levam ao sexo, e depois os momentos seguintes", afirmou.
"O personagem do Josh tem essa coisa incrível de ficar coletando todas as penas que caem do travesseiro do Paul e as colocando de volta. Isso é romance."
Baseado no conto vencedor do Prêmio Pulitzer de Ben Shattuck, o longa fala de Lionel (Mescal) e David (O'Connor), estudantes de um conservatório de música na Nova Inglaterra após a Primeira Guerra Mundial que decidem registrar as histórias e músicas de seus compatriotas que estiverem em combate.
The History of Sound tem estreia mundial no Festival de Cannes, nesta quarta-feira 21, e disputa a Palma de Ouro. Ainda não há previsão de estreia para o circuito comercial.