Mônica Benicio fala sobre Marielle Franco ser LGBT mais influente

Ativista e companheira da ex-vereadora celebra o quanto a mensagem de luta continua viva

Publicado em 26/02/2019
Mônica Benício fala sobre legado de Marielle Franco, eleita LGBT mais influente do Brasil em 2018
Monica sobre Marielle: "Espero que a influência seja inspiração para que nossos amores sejam vividos"

A nossa ideia ao conceber a lista 50 LGBT Mais Influentes no Brasil 2018 era entrevistar quem ficasse na primeira posição, dar mais espaço para que a pessoa que tanto fez a história acontecer no ano pudesse expor mais suas visões.

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Eis a tristeza: essa voz foi calada! 

Eis a resistência: seus ecos são ensurdecedores!

A ex-vereadora carioca Marielle Franco, psolista, bissexual e negra, que lidera a lista, foi assassinada em março de 2018. Entretanto, tal fato deu visibilidade nacional e internacional a sua história, a sua luta pela cidadania. E desde então passou a mobilizar milhões de pessoas, LGBT ou não, para que a caminhada continue.

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Exemplo dessa continuidade tem transformado a dor em força. A arquiteta, ativista LGBT e companheira de Marielle, Mônica Benício, falou sobre o fato de Marielle ter sido eleita a pessoa LGBT mais influente e reforça: "Sigo hoje por Ela, por mim e por nós".

Como você recebe o fato de Marielle ser eleita como a personalidade da comunidade LGBT mais influente do Brasil em 2018?
É ótimo ver a Marielle sendo referenciada, principalmente numa conjuntura tão adversa que se apresenta com os simbólicos resultados das eleições de 2018. Entendendo que representatividade importa, Marielle, mulher negra e lésbica, sem dúvida é uma grande referência e inspiração para as próximas gerações.

Na sua opinião, que tipo de influência que, mesmo depois de assassinada, Marielle provoca na sociedade e na comunidade LGBT? Que acha que é o legado que Mariella deixa?
Espero que a influência, que hoje é internacional, seja uma inspiração para que os nossos amores possam ser vividos e de forma livre e plenamente sem preconceitos. O legado sem dúvida é que nossas famílias existem e não seremos interrompidas.

Como você pretende continuar a dar eco aos valores que Marielle empunhava?
Sou militante de direitos humanos e ativista lésbica, sigo lutando por nossas famílias, pelo nosso direito de amar e de estarmos em todos os espaços.

Marielle carregava em seu corpo tudo aquilo que representa as diversidades. Mulher, negra, lésbica, mãe e favelada. Sigo hoje por Ela, por mim e por nós. Não farei um minuto de silêncio, me tiraram tanto que silêncio não me cabe. Sigo lado a lado com outras pessoas por uma sociedade mais justa e igualitária.


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