Ativista Maurício Martins é o maior realizador de paradas do País

Estão sob seu comando seis marchas da capital federal

Publicado em 06/08/2023
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Atualmente, ele trabalha na Secretaria Nacional LGBT do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania

"Entrei no ativismo LGBT após participar da parada em São Paulo a convite de um amigo, há 12 anos. Quando cheguei lá vi, que aquilo era algo necessário em todos os lugares para dar visibilidade às pessoas LGBT. Foi então que decidi fazer na minha cidade, Santa Maria, no DF."

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Esse primeiro passo do ativista gay Maurício Martins, 28 anos, significou muito tanto para ele e a sua cidade quanto para o Brasil. O presidente da ONG Judih é hoje o maior realizador de paradas do orgulho do País e possivelmente do mundo! 

Nenhum outro militante encara o desafio de organizar tantas marchas. Em 2023, ele baterá seu recorde. Serão seis eventos ao longo de três meses e ainda um festival de encerramento. 

Estão sobre sua coordenaçõas as marchas de Santa Maria (marcada para este domingo 6), de Sobradinho 1 e 2, Guará, Candangolândia e Gama, regiões adminstrativas da capital federal. 

Atualmente, sua entidade é filiada à Interpride, rede mundial de marchas, e ele trabalha na Secretaria Nacional LGBT do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e é diretor do Centro-Oeste da ABGLT, importante entidade arco-íris nacional. 

Mesmo quando não se pôde realizar marchas, durante a pandemia de coronavírus, seu trabalho não parou. 

"Nessa época, busquei fazer algo que ajudasse a superar aquele momento. Transformei o projeto de paradas em um grande movimento de solidariedade a LGBT em vulnerabilidade", lembra ao Guia Gay Brasília.

"Doamos cestas básicas e kits de assepsia por todas as cidades do Distrito Federal. Foram entregues 4.783 cestas básicas e mais de 10 mil máscaras de proteção nas cores da bandeira LGBT e também nas da bandeira trans", lembra.

O desafio para chegar a esse título foi apenas outra jornada na vida de Maurício, que precisou encarar a incompreensão dentro de casa. 

"No início foi difícil eu me assumir como gay. Filho da dona de casa 'Dona Vera' e de um policial militar super conservador, tive que enfrentar todos os preconceitos para mostrar que ser gay não era um defeito e que eu poderia conquistar tudo que eu quisesse independentemente da minha sexualidade. Hoje Marcelo Martins (pai) sente orgulho do filho e o assume para todos seus amigos: 'Meu orgulho", exalta.

 

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