A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou, na segunda-feira 14, o uso do antirretroviral lenacapavir de forma injetável e semestral para prevenção ao HIV.
Segundo a Folha de S.Paulo, o anúncio foi realizado durante a 13ª Conferência da Sociedade Internacional de Aids sobre Ciência do HIV, em Kigali, Ruanda.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisa com prioridade dois medicamentos cujo princípio ativo é o lenacapavir - um injetável e outro em comprimidos.
De acordo com o Ministério da Saúde, 124,8 mil pessoas fazem uso da PrEP (a Profilaxia Pré-Exposição ao vírus HIV) no País, apenas com medicação oral.
A agência, no entanto, não informa se os pedidos em análise têm finalidade para PrEP.
"O tempo de análise do processo pode ser impactado por diferentes fatores, como a complexidade técnica do produto e a eventual necessidade de solicitação de dados complementares à empresa, algo que ocorre com certa frequência especialmente na análise de novas moléculas", explicou a Anvisa.
O lenacapavir se mostrou efetivo na prevenção da infecção pelo HIV a longo prazo.
"Embora uma vacina contra o HIV ainda seja um objetivo não alcançado, o lenacapavir é a melhor alternativa: um antirretroviral de ação prolongada que demonstrou prevenir praticamente todas as infecções em pessoas sob risco", afirmou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante o evento.
Em 2024, a OMS contabilizou 1,3 milhão de novas infecções pelo vírus, com mais casos entre profissionais do sexo, homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, usuários de drogas injetáveis, pessoas privadas de liberdade, crianças e adolescentes.
