Extinto por Bolsonaro, comitê de saúde LGBT é reativado

Grupo tem entre seus objetivos promover acesso a serviços do SUS a essa população

Publicado em 01/10/2025
Comitê foi extinto no governo Bolsonaro e reativado agora

O Governo Federal reinstituiu o Comitê Técnico Nacional de Saúde da População Lésbica, Gay, Bissexual, Travesti, Transexual, Intersexo, Assexual e Outras (ou Comitê Técnico Nacional de Saúde LGBTIA+).

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Criado em 2003 como Grupo de Trabalho LGBT no Ministério da Saúde, ele se tornou comitê no ano seguinte e foi extinto em 2019 quando o Decreto nº 9.759/19 do então presidente Jair Bolsonaro extinguiu comitês, grupos de trabalho e conselhos criados até 2018.

Dentre suas atribuições, o comitê pretende

- Propor ações para superar barreiras e promover a equidade da população LGBTIA+ à atenção à saúde e aos demais serviços do SUS

- Monitorar as ações referentes à implantação e implementação da Política Nacional de Saúde Integral LGBT, conforme pactuação na Comissão Intergestores Tripartite

- Articular e monitorar a implementação de ações decorrentes de acordos de reivindicações negociadas entre o Ministério da Saúde e os movimentos sociais organizados em prol da população LGBTIA+

- Incorporar e fomentar a produção de saberes técnicos e políticos de pesquisas e debates realizados pelos movimentos sociais organizados conectados à temática, a fim de ampliar o conhecimento da sociedade sobre as questões relacionadas à saúde da população LGBTIA+

- Subsidiar a reformulação do Plano Operativo da política nacional

A Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais ou Política Nacional de Saúde Integral LGBT, que completa 14 anos em dezembro, é considerada a maior conquista do Comitê.

Sua revisão está prevista a partir das contribuições do grupo, que terá autonomia para propor e implementar novas estratégias e iniciativas.

O Plano, criado em 2011 pelo Ministério da Saúde, orienta ações do SUS para garantir atendimento igualitário e de qualidade à população LGBT. O documento estabelece metas e diretrizes voltadas à formação de profissionais, combate à discriminação, ampliação do acesso aos serviços e produção de pesquisas sobre as demandas específicas desse grupo, promovendo equidade no cuidado à saúde.

O Ministério da Saúde também oferece aos profissionais da rede pública qualificação para atender a população LGBT.

Em 2024, os campos "orientação sexual" e "identidade de gênero" nas fichas do e-SUS APS, plataforma que reúne dados de saúde da população, foram ampliados com mais opções e passaram a ser de preenchimento obrigatório.


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