Brasil é país mais seguro da América Latina para turistas LGBT

País deu salto em relação a 2019 e está em 14º dentre os 150 avaliados pelo site Asher & Lyric

Publicado em 10/03/2021
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A nota A- do Brasil é a mesma de Dinamarca e Austrália. Foto: Depositphotos

O Brasil é o país mais seguro da América Latina para turistas LGBT visitarem. O reconhecimento vem de ranking anual do site Asher & Lyric que analisa 150 nações.

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Em relação à lista anterior, divulgada no fim de 2019, o Brasil subiu 14 posições e foi do 28ª para o 14º lugar. A nota do país este ano é A- somando 307 pontos, contra o B- e 176 pontos obtidos em 2019.

A nota do Brasil seria melhor se os autores não tivessem desconsiderado o fato de a lei contra discriminação no País proteger pessoas trans, o que entra no cômputo para avaliação.

No ranking anterior, o Brasil ficava atrás de Uruguai, Colômbia e Porto Rico na América Latina.

Nas Américas, o país também ultrapassou os Estados Unidos e só perde para o Canadá, justamente o país número 1 da lista (nota A/384 pontos), que ultrapassou a Suécia - nesta edição o país nórdico divide a segunda posição com a Holanda (nota A/377 pontos).

Completam as cinco primeiras posições Malta (nota A/369 pontos) e Portugal (nota A/359 pontos). O máximo possível a ser alcançado é 400.

A nota A- do Brasil é a mesma de Dinamarca e Austrália (respectivamente em 12º e 13º lugares) e de Nova Zelândia, Áustria, Finlândia, Irlanda e Uruguai (respectivamente entre 15º e 19º lugares).

Os Estados Unidos subiram quatro posições e ficaram em 20º (nota B+/276 pontos). 

Na América Latina, depois de Brasil e Uruguai aparecem Porto Rico (21º), Argentina (23º), Colômbia (24º), Chile (28º), Equador (30º), Bolívia (31º) e México (33º), só para citar os mais bem colocados.

Do outro lado do ranking, a Nigéria continua sendo o pior país para LGBT visitarem (nota F/-195 pontos). Arábia Saudita (-176 pontos), Malásia (-163), Malaui (-162) e Omã (-145) completam os cinco piores.

O presidente da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil, Ricardo Gomes, vê a alta posição do Brasil como fator importante para ajudar na retomada econômica do Brasil pós-pandemia. 

"Ser o primeiro colocado na América Latina e em 14º no ranking de 150 países é muito importante para que preparemos o retorno do turismo oferecendo um destino seguro  para os turistas LGBT, o que vai contribuir ainda mais com a geração de empregos, renda e divisas", disse ao Guia Gay.

Metodologia
O site avalia sete categorias positivas e três negativas. São levados em conta, por exemplo, dentre os fatores positivos, se o país reconhece o casamento homossexual, protege LGBT contra discriminação no trabalho, criminaliza a violência baseada em ódio e tem leis que garantam direitos a pessoas trans.

Em seis critérios, a pontuação máxima é 50. Em um, 100.

Já os fatores negativos, que fazem cada nação perder de 50 a 100 pontos, são leis que criminalizam pessoas LGBT, leis que punem propaganda de orientação sexual ou identidade de gênero ou que criminalizam LGBT por meio de leis que pregam a moralidade e que proíbem transexuais de alterarem seu gênero.


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