Fisiculturistas viram cuidadores de idosos no Japão

País asiático tem déficit de profissionais e empresa encontrou nicho para explorar

Publicado em 06/11/2025
Sarados viram cuidadores de idosos no Japão
Saradões têm acesso gratuito à academia quando não estão trabalhando. Fotos: Visionary

De todos os perfis que se imagina cuidando de um idoso, um fisiculturista certamente não é o primeiro que vem à cabeça. No entanto, é o que tem ocorrido no Japão.

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Uma empresa chamada Visionary apostou nesse perfil e tem dado certo: tanto para quem cuida para quem é cuidado.

Reportagem do Japan Times relatada pelo site Época Negócios, mostra como o empresário Yusuke Niwa, de 40 anos, chegou a este perfil de profissional.

"Eu me destacava muito por ser homem e jovem", relembrou Niwa, sobre seu passado como cuidados, há 20 anos. Neste setor, a maioria dos cuidadores são mulheres acima dos 40.

Ao fundar a Visionary, em 2008, ele começou a chamar pessoas que possuíam perfil parecido com o seu. Ele considerou hipótese de jogadores de futebol e praticantes de artes marciais até chegar ao fisiculturistas.

"Os fisiculturistas são extremamente fotogênicos, descolados e a personificação do trabalho árduo e incansável", afirma Niwa.

Foi em 2018 que ele lançou o conceito "Cuidadores Machos" e o projeto deslanchou.

No ano passado, Niwa contratou 168 pessoas. Ele projeta vendas anuais para o ano que se encerra em março de 2026 de 2,2 bilhões de ienes (cerca de R$ 77 milhões), aumento de dez vezes em relação a 2018.

Todos os contratados têm acesso gratuito à academia e um grupo seleto - fiiculturistas que competem - ainda disfruta de duas horas de musculação diária remuneradas.

A reportagem aponta que algumas das características desses profissionais que combinam com a área de cuidadores são as de suportar o tédio do treinamento diário e regime alimentar rigoroso.

Essa disciplina "pode ser uma grande vantagem para cuidadores que atendem os mesmos clientes todos os dias"..

O Japão tem a segunda população mais idosa do mundo, depois de Mônaco, de acordo com o Banco Mundial, e estima-se que haverá um déficit de 570 mil cuidadore até 2040.

A necessidade de cuidar dos pais força 100 mil pessoas todos os anos a largarem seus empregos e prevê-se que outras 300 mil terão que conciliar a carreira com os cuidados em casa até 2030.

Saradões viram cuidadores de idosos no Japão

 


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