O Japão deu passo histórico na semana passada ao empossar pela primeira vez uma mulher como primeira-ministra, entretanto, a notícia não parece ser bem-vinda à comunidade LGBT.
Sanae Takaichi, de 64 anos, chegou ao poder após aliança do Partido Liberal Democrata (PLD) com o direitista Partido da Inovação do Japão, o que encerrou disputa de poder que levava três meses, desde a derrota do PLD nas eleições em julho.
Segundo a imprensa internacional, Takaishi é contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo e determinados direitos das mulheres, tais como manter sobrenome diferente do marido e ser vetado o pais ter rainha.
Em 2023, quando ministra de Estado de Segurança Econômica, Takaishi não apoiou o "Projeto de Lei de Promoção da Conscientização LGBT". Ela alegou que ainda havia "pontos em discussão".
Ela já havia se manifestado contra a proposta em 2021 em sua candidatura à eleição presidencial pelo PLD. Para ela, a definição de discriminação no texto era vaga.
Takaishi é conhecida por opiniões inflexíveis sobre imigração e política externa e chamada de "Dama de Ferro".
Em seu primeiro mandato como parlamentar, em 1994, Takaichi escreveu artigo controverso no qual recomendou o livro A Estratégia Eleitoral de Hitler, que afirmava que "eleitores que você não consegue persuadir devem ser eliminados". Após reação política negativa, o livro foi retirado das prateleiras.
Não se sabe ainda se ela conseguirá de fato governar já que não tem maioria em ambas as casas do Parlamento. O Japão teve quatro primeiros-ministros nos últimos cinco anos.