Com 'Inferno/Céu', Dadds lança clipe com diferentes perspectivas

Vídeo une duas canções que casualmente contam a mesma experiência

Publicado em 22/04/2019
Dadds: cantor gay lança clipe Inferno / Céu em inferninho e rodeado por twinks
Segunda parte do clipe, 'Céu' tem letra metafórica e poética, define o artista

O profano e o etéreo compõem o novo clipe de Dadds, chamado Inferno/Céu.

Curta o Guia Gay Brasilia no Facebook

Produzidas por Leo Hainer, ambas as faixas têm essência pop mixadas a signos do synthpop e eletrônico, com composições que se conectam e contam uma só história.

Enquanto Inferno retrata a vivência do protagonista em meio às outras pessoas, com uma atmosfera sonora intensa, barulhenta e construída em camadas, de letra simples e direta; Céu soa menos construída, com musicalidade simples, direta e crescente – a letra, no entanto, é mais metafórica e poética.

"Escrevi essas duas músicas e elas não tinham sido feitas para contarem uma só história. Quando me dei conta, as duas falavam da mesma experiência, porém em diferentes perspectivas", revela o cantor.

"Eram sobre mim. Sobre como mascaro meus sentimentos em Inferno e como eu lido com eles em Céu. É como se fosse um retrato musical da minha vida naquele momento, consigo ver a história que escrevi nessas duas canções como um filme autobiográfico."

Gravado no final de fevereiro, em São Paulo, o clipe contou com duas locações. Uma delas foi uma antiga escola, que hoje são ruínas, na Vila Maria Zélia - importante centro histórico paulistano.

A binaridade está presente no vídeo de diversas formas: o sagrado e o profano, o claro e o escuro, a luz e as trevas, o bom e o ruim, o céu e o inferno.

No desenrolar da obra, os protagonistas transitam entre dois pólos bastantes distintos. De uma festa em um "inferninho" a um ambiente claro, lúcido e quase vazio, a não ser por dois dos personagens que amarram toda a trama - o eu-lírico e sua consciência personificada por uma arcanja.

Em um duelo coreografado, terminam atrelados no lugar inicial, de onde nunca saíram fisicamente, metáfora que ajuda a derrubar a ideia de binaridade reverberada desde o início do clipe.

"A produção, totalmente independente, contou com elenco e equipe formados por artistas, todos representantes de alguma das letras da sigla LGBTQ+. A ideia, concepção e execução foram 100% pensadas e praticadas por fotógrafos, maquiadores, performers, modelos, artistas visuais, produtores e músicos totalmente independentes, e a junção de todos resultou num ambiente livre, divertido, leve, carregado de histórias incríveis e ideias ousadas" explica o artista.

O vídeo foi dirigido por Sillas Henrique, que já trabalhou com Adriana Calcanhotto e Letrux, e está empenhado em colocar em prática todas as ideias visuais de novos artistas da cena independente. 

Assista ao vídeo:


Parceiros:Lisbon Gay Circuit Porto Gay Circuit
© Todos direitos reservados à Guiya Editora. Vedada a reprodução e/ou publicação parcial ou integral do conteúdo de qualquer área do site sem autorização.