Sindicato cobra Itamaraty medida para proteger servidores gays

Vários países criminalizam a homossexualidade e podem colocar a segurança de diplomatas e seus companheiros em risco

Publicado em 29/03/2018
Itamaraty: diplomatas gays
Em 2015, diplomata gay brasileiro passou por momentos apreensivos no Congo

O Sinditamaraty, que representa os servidores do Ministério da Relações Exteriores (MRE), pediu que a Subsecretaria-Geral do Serviço Exterior divulgue lista atualizada de países que criminalizam relações entre pessoas do mesmo sexo.

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A medida quer proteger diplomatas e servidores do Itamaraty, em geral, homossexuais e que possam ser enviados a nações homofóbicas.

Um dos casos que motivou o pedido, segundo o Metrópoles, foi o do diplomata Carlos Libório, que foi para a República Democrática do Congo, em 2015, junto a seu companheiro.

No mesmo ano, iniciou-se um processo no país para criminalizar relações entre gays. Por dois anos, Libório viveu apreensivo. "Quando foi pedida a extradição do meu companheiro, o país negou. Começaram a monitorar a presença dele. Ele não saía ou chegava sozinho, por exemplo", contou.

Pouco depois do retorno do diplomata ao Brasil, em 2017, o Itamaraty pediu às suas representações pelo mundo informações sobre como cada país se posicionava frente a direitos LGBT.

Antes do casamento gay ser reconhecido no País, homossexuais iam com seus cônjuges para outras nações na cota de "serviçais". Desde o ano passado, candidatos a representar o Brasil em outras nações, têm a opção de indicar se estão em uma relações com pessoa do mesmo sexo em um questionário interno, o que é levado em consideração no momento de determinar o posto.

O Itamaraty informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que em dezembro de 2016, todos os postos foram consultados para verificar qual era a proteção local oferecida aos servidores em uniões homossexuais.


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