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Nem esquerda nem direita: trans Mari Valentim é liberal e candidata

Integrante do partido Cidadania quer ser deputada federal

Publicado em 21/09/2022
mari Valentim trans livres
'Quero ser a primeira mulher trans na história do Congresso Nacional', diz Mari

Formada em arquitetura e urbanismo, a brasilense Mari Valentim, de 49 anos, quer fazer história como primeira trans no Congresso Nacional. 

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E não será pela esquerda nem pela direita. Mari é liberal, tem formação feita pelo movimento Renova BR e é integrante do coletivo Livres. 

Por isso, o rol de suas promessas incluem reforma tributária que realmente mude as coisas e faça com que pessoas pobres paguem menos impostos, por exemplo. 

Veja mais ideias da candidata a deputada federal pelo Cidadania na entrevista abaixo. 

O Brasil é um dos países mais avançados do mundo em direitos LGBT, mas ainda há desafios para a cidadania arco-íris. Quais suas propostas para que o Brasil avance nesse campo?
Conquistamos muitos direitos ao longo dos anos. Primeiramente é preciso deixar claro que não vamos aceitar retrocessos em nenhum deles. Além disso, precisamos ter claramente uma visão de autonomia das pessoas para que elas possam viver livremente.

Assim, é fundamental termos programas de capacitação e de fomento da empregabilidade de pessoas LGBTQI+ para que elas tenham renda e possam ser livres.

Além disso, temos que cobrar a ampliação e o devido funcionamento de delegacias especializadas em crimes contra minorias. A decisão do STF criminalizando enfim a homofobia tem que valer. Não pode ser letra morta. Para isso, os agentes públicos de segurança precisam estar preparados para o devido atendimento e prosseguimento das denúncias.

Fora a questão LGBT, quais seus projetos para a população em geral? 
Defendo a simplificação da vida do micro e pequeno empresário, que é quem gera a maior parte dos empregos do Brasil.

Defendo também reforma tributária que tire a carga de impostos das costas dos mais pobres e taxe mais aqueles que estão no topo da pirâmide. Quero construir, além disso, o marco legal das cidades inteligentes, para que as cidades brasileiras sejam inovadoras, humanas e sustentáveis (econômica e ambientalmente). 

Também acho fundamental ampliarmos o uso de câmeras corporais em agentes de segurança para proteger os bons profissionais, mas também punir aqueles que abusam do seu poder.

Enfim, são muitas as áreas em que estou pronta para atuar para construir melhorias para a população.

Em que seu mandato vai se diferenciar ou inovar em relação ao que se tem na política atualmente? 
Primeiramente, há uma diferença óbvia. Quero ser a primeira mulher trans na história do Congresso Nacional. Isso é uma diferença primeiramente de vivência. A possibilidade de levar essa vivência para um espaço de poder.

Em segundo momento, tenho compromisso muito grande com políticas públicas sérias. Não dá pra brincar com o dinheiro da sociedade. Não dá pra aprovar as coisas sem pensar nos custos e nas consequências.

Vou ser uma deputada com responsabilidade com o dinheiro do contribuinte e buscando sempre a responsabilidade social. O dinheiro público deve servir primeiramente àqueles que mais precisam do suporte do Estado.

Essa entrevista faz parte de série do Guia Gay Brasília com candidaturas de pessoas LGBT. O objetivo é dar visibilidade as suas propostas de forma a colaborar com a decisão do segmento arco-íris e simpatizantes na hora do voto.


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