Foi presa em flagrante, no sábado 14, uma mulher que proferiu insultos homofóbicos em uma cafeteria de São Paulo.
A jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, de 61 anos, foi filmada dizendo frases como "bicha nojenta" em um café que fica no Shopping Igutatemi, um dos mais nobres da capital paulista, no bairro do Jardim Paulistano.
O alvo das ofensas da suspeita era Gabriel Galluzzi Saraiva, 39.
O caso foi registrado como injúria no 14º DP (Pinheiros).
Mulher é presa em flagrante após chamar homem de “bicha nojenta” em shopping de luxo de São Paulo. pic.twitter.com/wtdCaaNfvc
— POPTime (@siteptbr) June 15, 2025
À TV Globo, Adriana afirmou que Gabriel e os amigos estavam rindo dela e que se arrepende dos termos usados. Ela chegou a chamá-lo também de "assassino" diversas vezes.
A mulher alegou que estava ao telefone quando Gabriel e os amigos a mandaram falar baixo e calar a boca. Ela acredita que foi vítima de etarismo.
"Eu estava ao telefone, eu vou ser operada no dia 27 do joelho, vou colocar uma prótese [...]. Estou muito ansiosa, muito nervosa, comecei a chorar ao telefone. E esse grupo que estava ao lado começou a rir. Quando eles começaram a rir, eu desliguei o telefone, levantei o braço e pedi a conta. Falei 'por favor, traz a conta, eu quero ir embora'", relatou Adriana à reportagem.
"Eles estavam rindo de mim, falaram que eu tinha que ser anestesiada [...] Aí, ele se manifestou, disse 'fala baixo', 'cala a boca'. [...)]. Houve aquela confusão na hora, eu chamei ele de 'boiola'. Xinguei mesmo. Ele já tinha me xingado de 'velha'. [...] Sim, me arrependo", completou.
Gabriel conta outra versão. Segundo ele, Adriana falava alto e pediu que ela tivesse mais calma na hora de se dirigir à atendente do local.
"A gente estava tomando um café. Era por volta de 15h30. Uma senhora sentada na mesa do lado começou a pedir pela conta, descontrolada, falando bem alto 'eu quero minha conta', 'eu quero ir embora', 'eu quero minha conta', 'eu quero ir embora'. Ela pedindo insistentemente, falando bem alto [...]", relata.
"A moça fez um sinal de que já iria. Daí intervi, falei 'calma, ela já virá, já deu o sinal'. Então, ela se descontrolou, começou a me atacar diretamente", disse.
Uma mulher que estava em uma mesa próxima presenciou a discussão e confirmou a versão de Gabriel.
"Ouvi a mulher gritar com a funcionária do café, pedindo a conta, falando que queria ir ao banheiro, gritando. Aí, né, a vítima pediu para a senhora se acalmar, disse 'se acalma, ela já vai vir', e aí ela começou a falar um monte, ofender ele de todos os jeitos, falar 'pobre', 'bicha', todas as palavras de baixo calão possíveis... 'bicha nojenta', 'pobre', 'você não deveria estar aqui'", contou Giulia Podgaic, que testemunhou as agressões.
"Ele começou a ficar nervoso, mas conseguiram retirar ele para que se acalmasse. Ele foi para outro lugar e ela continuou a ofender. Foi uma situação horrível. Chamou ele de 'assassino' do nada. Foi uma situação muito horrível", completou.