Gay é demitido da TV Câmara após denúncia da Janaína Paschoal

Ex-editor, Jeldêam Álves afirmou que vai entrar na Justiça

Publicado em 26/07/2025
Jeldêam Alves e Janaina Paschoal
Jeldêam Álves faz anúncios de cueca e foi citado indiretamente por Janaina Paschoal

Um profissional da Rede Câmara, de São Paulo, foi demitido após reclamação da vereadora Janaina Paschoal (PP) por causa de fotos sensuais que ele divulga em suas redes sociais.

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Jeldêam Álves trabalhava há 12 anos trabalhava há 12 anos na Fundação Padre Anchieta, responsável pela TV Cultura, e que tem contrato com a Câmara Municipal de São Paulo para produzir conteúdo para a TV Câmara.

Em abril, foi criado o Conselho Editorial da Rede Câmara pela Mesa Diretora da Câmara Municipal e composto por vereadores e representantes da Rede Câmara. Janaina ficou com a presidência do conselho.

No mesmo mês, Jeldêam se surpreendeu ao receber documento com seu pedido de demissão, que continha o nome da vereadora como parte interessada.

Porém, somente na última quinta-feira 24, o ex-funcionário suspeitou que ela tenha sido a responsável por pedir sua cabeça.

Durante reunião do conselho, Janaina fez menção ao episódio. 

"Obviamente que não vou dizer nomes, não vou expor pessoas. Mas eu preciso pedir que aqueles funcionários que estejam na atividade aqui na Casa tenham cautela com a sua vida pessoal", disse a vereadora, segundo o Metrópoles.

"Todos nós temos a nossa liberdade, nossa vida, mas não dá para ter alguém numa TV pública, por exemplo, fazendo striptease nas redes, ou se exibindo. ‘Ah, mas é na rede privada, no canal privado’. Desculpa, não dá."

Jeldêam publica fotos de cueca em perfil no Instagram como parte de publicidade para várias marcas.

A vereadora continuou: "Sendo uma pessoa adulta, que não está atuando em redes infantis, não é crime. Mas é um comportamento incompatível. Então, quero deixar avisado antes. Se isso eventualmente acontecer, eu vou ter que pedir para a TV Cultura retirar a pessoa aqui. E se for um funcionário nosso, vai ter uma apuração, desculpa falar. Não dá. Tem coisa que não dá."

Jeldêam, que é gay assumido, não descarta hipótese da demissão ter fundo homofóbico e afirmou à reportagem que entrará na Justiça.

"Ela criou esse conselho editorial e fez esse pedido", disse. "Não imaginava muito bem o que poderia ter sido, mas como ela expôs isso na reunião, algumas pessoas ligaram meu nome e acabou me expondo."

"Agora, juntando os pontos, acredito que tenha sido uma questão moral mesmo. Não sei, homofobia, alguma ideologia que ela não tenha visto compatível com a minha, além desse preconceito com o meu outro trabalho, que é a divulgação de marcas de roupa íntima masculina."

Procurada, a vereadora afirmou que não pediu a demissão, apenas reportou o caso à Presidência da Câmara.

"Foi um caso específico, isolado, e já foi solucionado. Não posso falar nada além disso. Só achei importante registrar, para que não se repita. Não era funcionário da Câmara. Apenas prestava serviços aqui e foi afastado da Casa”, disse a vereadora.


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