Com objetivo de fortalecer as maiores manifestações de direitos humanos no Brasil, as marchas LGBT, a entidade Parada Santos lança curso de capacitação de ativistas organizadores desses eventos.
O projeto chamado Empoderadas terá no total 90 alunos divididos em três turmas. O curso, que durará três meses, terá 36 horas/aula e tratará de diversos assuntos, tais como gestão de redes sociais, branding, captação de recursos, elaboração de projeto e panorama mundial das paradas.
A iniciativa tem apoio da Organização Pan-americana de Saúde (Opas), braço da Organização Mundial de Saúde, da ONU.
Por conta disso, haverá módulos sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e controle social na área de saúde. Cada aula será ministrada por especialistas.
Para a presidente da entidade e gerente financeira do projeto, Daisy Eastwood, o Empoderadas tem potencial para fortalecer as paradas. “Mesmo com desafios na organização, as marchas arco-íris possuem muita força política, social, identitária e econômica. O curso vai ajudar os ativistas a superar essas dificuldades. Com isso, esses atos poderão ter ainda mais força.”
O diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Parada Santos e supervisor educacional do projeto, Eduardo Ferreira, destaca a abrangência do conteúdo da capacitação. “A multiplicidade de temas fará com que as lideranças tenham, ao fim do curso, mais conhecimento sobre vários pilares que formam um evento melhor organizado e um coletivo ativista mais sólido.”
O Brasil é grande força no que diz respeito a paradas. De acordo com levantamento do vice-presidente da Interpride - rede mundial de marchas LGBT -, mestre e sócio-proprietário do Guia Gay Welton Trindade, em 2024, o País teve 315 marchas arco-íris em 2024. Tal número coloca a nação dentre as que mais fazem esses atos no globo.