Banheirão: com policiais disfarçados, NY prende quase 200 homens

Casos dizem respeito a apenas um conjunto de sanitários. Há registros de deportação

Publicado em 29/09/2025
banheiro pegação gay
Banheiro em estação ferroviária virou ponto de encontro gay

A polícia prendeu quase 200 homens em Nova York desde início de junho em banheiros da Penn Station, maior estação ferroviária intermunicipal da cidade.

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De acordo com a imprensa internacional, o banheiro que fica próximo à 8ª Avenida com a Rua 31 tornou-se ponto de encontro para usuários do app Sniffies, voltado a homens gays e bissexuais.

A repressão teria começado após reclamações do público. Em apenas um dia houve 20 prisões.

O site Gothamist afirma que há policiais disfarçados com câmeras acopladas ao corpo que têm se escondido nos compartimentos ou se posicionado nos mictórios.

"Continuamos patrulhando os banheiros", afirmou o subchefe de polícia da Amtrak, Martin Conway.

"Naturalmente, vamos lidar com as condições. Continuamos patrulhando os banheiros e, se e quando encontrarmos qualquer atividade criminosa, efetuaremos as prisões."

Segundo o agente, 20 dos 200 detidos foram entregues ao Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês).

Como a polícia da Amtrak é uma agência federal, ela não está vinculada às leis do estado de Nova York que proíbem os departamentos de polícia locais de cooperar com o ICE.

A repressão ocorre em momento no qual o governo do presidente Donald Trump faz pressão para deportar imigrantes, mesmo os que não foram acusados de crime.

Os detidos nos sanitários enfrentam acusações de atentado ao pudor e exposição indecente.

Ao site The City, um profissional de saúde de 31 anos afirmou que foi preso simplesmente porque usava um bracelete arco-íris.

"Nunca fui preso na minha vida. Foi traumatizante", disse a vítima, que foi liberada depois.

Na sexta-feira 26, quatro deputados de Nova York emitiram comunicado à imprensa, endereçado ao presidente da Amtrak, Roger Harris, condenando as prisões.

"Embora a Amtrak tenha o direito de garantir que suas instalações não sejam usadas para fins ilícitos, não acreditamos que a Amtrak deva fazer isso com uma campanha hostil de prisões que lembra o policiamento anti-LGBTQ", diz trecho do texto.


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