HIV cai no Brasil, mas cresce no DF. Gays e bi são maioria

Dos novos casos registrados em 2019 na capital federal, 64,3% são do segmento

Publicado em 01/12/2020

Notícias ruins no DF neste 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids. Em 2019, a taxa de detecção do HIV na capital federal cresceu e 64,3% dos novos casos foram registrados em gays e homens bissexuais. 

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O Distrito Federal teve aumento de 7,2% nos novos casos de infecção pelo HIV. Em 2019, foram registrados 752 novos registros contra 701 no ano anterior.

A taxa de detecção que era de 23,1/100 mil habitantes em 2014 subiu para 24,8 em 2019, aumento de 7,3%.

No Brasil, a curva vai em sentido contrário: a taxa de infecção era de 21,9/100 mil habitantes em 2012 e caiu para 17,8/100 mil habitantes em 2019, decréscimo de 18,7%.

O aumento no DF ocorreu dentre homens. Aí a quantidade de casos subiu de 588 em 2018 para 663 no ano seguinte. Dentre mulheres, por outro lado, houve redução (de 113 para 89). 

Boletim da Secretaria de Saúde mostra que o aumento nos casos de HIV é constante desde 2014. Naquele ano, houve 648 novas infecções pelo vírus no DF. O número subiu para 660 (em 2015), 663 (2016) e 678 (2017).

O Riacho Fundo I é a Região Administrativa com maior aumentos dos casos de HIV. Em 2014, eram 7,4 casos para cada 100 mil habitantes. Esse número cresceu 524% passando para 46,2% para cada 100 mil habitantes em 2019.

As regiões do Gama e Sobradinho também tiveram aumento. O Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) passou de zero para dois casos no período.

Por outro lado, Cruzeiro passou da faixa de 40/50 casos por 100 mil habitantes para 10/20 casos para cada 100 mil habitantes. Também houve redução em Sobradinho II, Vicente Pires, Taguatinga, Candangolândia e Lago Sul.

Os casos de aids (doença causada pelo HIV) também subiram no DF - passaram de 286 em 2018 para 294 no ano passado.

Sobradinho também foi a região com maior aumento (74%) - de 17,3 casos por 100 mil habitantes para 30,1 por 100 mil habitantes.

Paranoá, Sobradinho II, Santa Maria, Ceilândia, Riacho Fundo II, Varjão e Planaltina se mantiveram estáveis e as demais apresentaram redução.

No período de 2014 a 2019, o coeficiente de mortalidade por aids no DF caiu 30% passando de 4,6 para 3,2 óbitos por 100 mil habitantes.

Um dado bom é o fato de 92% das pessoas em tratamento com antirretrovirais estarem indetectáveis.

A rede pública de saúde oferece a profilaxia pré-exposição ao vírus (PrEP) no Hospital Dia e no Hospital Universitário de Brasília para populações de maior vulnerabilidade - homens gays e bissexuais, mulheres transexuais e profissionais do sexo.

A gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz explica que "na PrEP, após avaliação por profissionais especializados, o usuário passa a usar um medicamento específico para evitar o HIV, reduzindo o risco de contrair o vírus".

Além disso, segundo ela, o paciente recebe todas as orientações, como acompanhamento reforçando a importância do uso da camisinha e demais cuidados para não contrair outras ISTs.

Há cerca de 900 mil pessoas vivendo com HIV em todo o País.


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