Único museu LGBT do Brasil faz exposição virtual

'Queerentena' reúne 60 obras de 31 artistas de todas as regiões do País

Publicado em 20/05/2020
Queerentena: Museu da Diversidade Sexual faz exposição LGBT com 30 artistas, como Vinicius Monção e Andrés Carmo
'A Chatice da TV', de Vinícius Monção e 'Em Casa', de Andrés Carmo

Um dos únicos três museus do mundo voltados à comunidade LGBT, o Museu da Diversidade Sexual (MDS), em São Paulo, fará sua primeira exposição virtual.

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A partir da próxima segunda-feira 25, o público poderá conhecer 60 obras na mostra Queerentena.

A data escolhida para início comemora os oito anos do museu.

A instituição, vinculada ao Governo do Estado de São Paulo, fez chamada pública para a exposição e recebeu 358 inscrições, vindas de todas as regiões brasileiras e de países como Chile, Portugal e Alemanha.

Foram selecionados 31 artistas para a mostra que pretende dar visibilidade a nomes LGBT.

Todos os trabalhos foram criados no peri?odo da pandemia e reu?nem linguagens arti?sticas diversas, como fotografia, colagem digital, ilustrac?a?o (desenho e arte digital), pintura em aquarela e guache, escultura, fotoperformance, pintura, combinac?a?o de desenhos manuais com digitais, videoperformance, videodanc?a, te?cnicas mistas de desenho e fotografia, gravac?a?o em a?udio, pintura em fotografia, giz oleoso e desenho.

A curadoria da mostra, composta por profissionais reconhecidos e atuantes na causa LGBT, explica que um ponto em comum entre a maior parte dos trabalhos recebidos é a discussão sobre como a sociedade de modo geral está passando por experiências que já são vivenciadas cotidianamente por pessoas LGBT, como solidão, insegurança, ansiedade e isolamento.

As discussões também podem se associar de alguma forma à luta LGBT contra a epidemia de HIV/Aids iniciada nos anos 1980, quando não havia estudos suficientes e pouco se sabia sobre suas características, o modo de contaminação e os avanços possíveis da ciência na contenção do vírus.

Outros trabalhos metaforizam a imagem das máscaras, que se antes podiam ser vistas como algo que serve para esconder, hoje são símbolos de segurança e proteção.

"Nesse cenário de pandemia, o MDS se torna uma ferramenta importante para conectar e estimular a criatividade da comunidade, assim como ampliar a divulgação da produção artística LGBTI+ para o mundo", diz Franco Reinaudo, diretor do museu.

Os artistas contemplados foram: Akira Umeda, Alan Piter Moraes Rios, Andrés Carmo, Caju, Eduardo Mauer, Emily Lumbreras, Erick França, Fernanda Degolin e Jessica Crusco de Queiroz, Joice Mendes, Keila Orona, Lualeo, Marcelo Prudente e Pedro Orlando, Maysa Sigoli, Rodrigo Kupfer, Sabrina Savani e Stephanie Gaddi Pollo (todos de São Paulo); Julia Aiz,Tata Barreto e Vinicius Monc?a?o (Rio de Janeiro), Lei?ner Hoki (Minas Gerais), Rick Rodrigues (Espírito Santo), Coletivo "Haus of X", Gabriel Darcin e Vantees (Paraná), Carolina Lobo e Catarina Vaz (Pernambuco), Chica Vamo e Gabriel Tantacoisa (Pará), Chico Monteiro (Distrito Federal) e Cheo Gonzáles (Chile). 

A exposição poderá ser conferida por meio da platafora #CulturaEmCasa em www.culturaemcasa.com.br.


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