Não é só nas universidades e em aulas presenciais que Beyoncé virou tema de estudo. A cantora e pautas que ela defende são abordadas em um curso on-line.
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"Politizando Beyoncé" é ministrado pelo filósofo e pesquisador Ali Prando e dividido em quatro aulas.
"Depois dos discos Beyoncé (2013) e Lemonade (2016) percebi que cursos sobre a obra de Beyoncé estavam sendo ofertados ao redor do mundo, como na Universidade de Rutgers, Copenhagen, Texas e Columbia", contou Prando ao Metrópoles.
"Cada um deles tinha uma abordagem completamente diferente, então tive a ideia de criar o Politizando Beyoncé, um projeto no qual pudesse dialogar sobre a obra da cantora a partir de lentes oferecidas por teóricas como Judith Butler, Paul B. Preciado e Achille Mbembe."
Para Prando, Beyoncé sempre foi politizada. "Desde as Destiny's Child, ela canta sobre independência feminina, negritude e sororidade, como pode ser visto em músicas como Independent Woman e Bills, Bills, Bills", aponta.
"A diferença agora é que ela percebeu que atingiu um patamar artístico muito alto. Então, de uns tempos para cá, ela tem usado sua plataforma de maneira mais incisiva politicamente, dialogando sobre ativistas como Malcolm X, Martin Luther King, Angela Davis, o movimento dos Panteras Negras e #BlackLivesMatter."
O filósofo explica que erra quem pensa que cultura pop é mero entretenimento. "Ninguém pensa no caráter (in)formativo que tem as narrativas feitas em shows, filmes, novelas, ou séries de TV. Em relação a artistas musicais da cultura pop, as pessoas costumam deixar escapar a semiótica de uma imagem, espetáculo ou videoclipe, e não pensam também sobre a complexidade que é criar uma obra que une diversos campos artísticos, como dança, artes visuais, moda, tecnologia, poesia e música, de maneira conceitual e coerente."
As aulas serão realizadas nos dias 12, 14, 19 e 21 de maio e custam R$ 150 ao todo. A compra pode ser feita pelo Sympla clicando aqui.
