Um trisal gay que conseguiu ter sua união reconhecida pela Justiça terminou antes mesmo da decisão ser publicada e o caso parou na polícia.
Charles, de 38 anos; João Pedro, 23; e Kaio, 18, moram em Bauru (a 300 km de Sáo Paulo) e tiveram a união estável poliafetiva reconhecida pela juíza Rossana Teresa Curioni Magalhão em meados de julho.
No entanto, dois meses antes da sentença ser proferida, o trisal se separou.
Segundo o Metrópoles, as brigas culminaram em pedido de medida protetiva para Kaio, que se mudou de cidade, contra Charles.
O relacionamento começou em 2023 quando o mais jovem ainda estava com 17 anos. Quando ele atingiu a maioridade, o trisal registrou a união estável em um Cartório de Registro de Títulos e Documentos (RTD).
À reportagem, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que João Pedro e Kaio foram à Delegacia Seccional de Bauru, em 4 de maio, relatar que sofriam ameaças de Charles, com quem mantiveram relacionamento.
"De acordo com as vítimas, o autor não aceitou o término e passou a ameaçá-los. Um dos jovens solicitou medida protetiva", disse o órgão.
O caso foi registrado como lesão corporal, ameaça e violência doméstica e é investigado por inquérito instaurado pela Delegacia de Defesa da Mulher do município.
Procurado, João Pedro disse que a medida protetiva foi um "equívoco" e que Kaio está sendo "ingrato por falar isso". Ele afirma que tudo está resolvido.