6 extremistas islâmicos são condenados a morte por assassinar gays

Braço da Al Qaeda, Ansar Al Islam assumiu autoria dos crimes, ocorridos em 2016

Publicado em 03/09/2021
Mannan bangladesh gay
Polícia acredita que a mesma organização é responsável pela morte de vários ativistas. Foto: Depositphotos

Seis integrantes de um grupo extremista islâmico foram condenados à morte pelo assassinato de dois ativistas gays em Bangladesh.

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Xulhaz Mannan, de 35 anos, e Mahbub Rabbi Tonoy, 25, foram encontrados mortos no apartamento do primeiro em abril de 2016.

Mannan era editor de revista voltada ao público LGBT, chamada Roopban e Tonoy era ator.

Braço local da Al Qaeda, o Ansar Al Islam assumiu autoria dos crimes e, em 2019, oito homens foram acusados pelos assassinatos.

Seis dos homens - Syed Mohammad Ziaul Haq, Mozammel Hossain, Arafat Rahman, Sheikh Abdullah, Asadullah e Akram Hossain - foram considerados culpados pela justiça no último 31 de agosto.

Outros dois - que estão foragidos - foram absolvidos.

Xulhaz Mannan bangladesh
Mannan era editor de revista voltada ao público LGBT, chamada Roopban

Segundo a agência Reuters, o Tribunal Especial Antiterrorismo também condenou todos os seis homens por fazerem parte de grupo terrorista.

A polícia acredita que a mesma organização é responsável pela morte de vários ativistas.

"Estamos felizes com o julgamento”, disse o ativista Shahanur Islam, à reportagem. "Ao menos depois de muito tempo, nós temos justiça."

"Mas, como ativista LGBT e também ativista contra a pena de morte, sempre prefiro uma sentença de prisão perpétua ... em vez da pena de morte."


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