Arquidiocese de São Paulo critica filme por dizer que santa é trans

Produção tem apenas artistas transexuais e é narrada pelo padre Júlio Lancelotti

Publicado em 19/09/2022
santa Marina trans
Santa Marina viveu anos como homem. Apenas depois da morte foi revelada seu nome feminino

A Arquidiocese de São Paulo criticou o curta-metragem São Marino por a produção afirmar que Santa Marina é uma pessoa trans.

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O documentário foi gravado na Igreja Santa Marina, na zona leste de São Paulo. O padre Júlio Lancellotti participa no projeto como narrador.

Em nota, a arquidiocese afirmou que a história da santa não pode ser interpretada “à luz de ideologias” que não correspondem com o contexto em que ela viveu.

"Santa Marina era jovem órfã de mãe que, para continuar a viver com o pai, que decidiu ingressar em um mosteiro, disfarçou-se de monge e consagrou sua virgindade a Deus", diz o texto.

A produção do curta, dirigidor por Leide Jacob, afirma ter se baseado na história da santa presente no portal da igreja. Conhecida como intercessora das pessoas vítimas de calúnia, Marina viveu grande parte da sua vida como Marino.

Um dia, acusada de ter engravidado uma jovem, Marina não se defendeu da calúnia e não revelou sua identidade, que só foi descoberta após sua morte.

Segundo a descrição do curta, o filme promove “sensíveis discussões contemporâneas sobre, por exemplo, o respeito ao nome social, resignificando Santa Marina em São Marino.” Todos os seis atores do curta são pessoas trans.


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