Chinesa é condenada a 10 anos de prisão por publicar romance gay

Homossexualidade não é crime na China, mas sexo gay é tido como 'ato anormal' e alvo de censura

Publicado em 19/11/2018
Chinesa é condenada a prisão por lançar romance erótico gay
Romance conteria 'atos sexuais pervertidos', segundo a Justiça. Foto ilustrativa

Uma escritora chinesa foi condenada a 10 anos de prisão por publicar um romance gay.

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Conhecida pelo pseudônimo Tianyi, a romancista de sobrenome Liu, foi julgada em tribunal da província de Anhui, no Leste do país.

A Justiça considerou que o livro Gongzhan, que relata a história de amor proibida entre um professor e um estudante, contém "um comportamento sexual obsceno entre homens" e "atos sexuais pervertidos como violações e abusos".

Segundo o jornal oficial Global Times, a polícia acredita que foram vendidos mais 7 mil exemplares da obra, o que rendeu "lucros ilegais" à autora de 150 mil iuanes (cerca de R$ 81 mil) em poucos meses.

De acordo com o G1, a escritora irá recorrer e especialistas enxergam a sentença como desproporcional em relação às mudanças que ocorreram na sociedade nas últimas décadas.

A China descriminalizou a homossexualidade em 1997 e deixou de considerá-la como desordem mental em 2001. Ainda assim, o sexo gay é tido como um "ato anormal" na legislação do país e conteúdo homossexual costuma ser censurado por lá.


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